O Espírito Santo, definitivamente, está no mapa de ondas grandes. Na última sexta-feira (17) ondas de mais de 4 metros de altura — o equivalente a pouco mais do que um andar de um prédio — foram surfadas na baía de Vitória, em um ponto conhecido como a laje do2012ouBaixa do Navio Fantasma. Essa onda ficasituada no canal de Vitóriae tem chamado a atenção por seustubosperfeitos e azuis. >> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossacomunidade no WhatsAppou entre no nossocanal do Telegram! A expedição foi formada pelossurfistas Luiz Hadad, Fabio Sandes, André Vello e pelo bodyboarder Bernardo Nassar. Bernardo, Luiz e Fábio são membros do coletivo NXF Slab, um grupo de atletas que desbrava ondas de consequência, conhecidas como “Slabs”, no litoral capixaba. Esse coletivo foi responsável por mostrar alaje da Avalanchepara o mundo. A onda a laje do 2012 foi registrada pela primeira vez em maio de 2022, em uma ondulação menor. Na sexta-feira, porém, o “swell” estava maior. Doutor em Oceanografia, o especialista em medição de ondas Douglas Nemes conta que “as ondas surfadas nessa sessão passaram de 4 metros com tranquilidade”. O tamanho da onda é calculado pela face, medindo a distância entre base da mesma e ponto mais alto do “lip”, utilizando o surfista ou bodyboarder como referência de escala. Os registros da expedição ficaram por conta do videomaker Felipe Dias, com o apoio marítimo por Alexandre Arantes, o capitão Magaiver. A equipe saiu inicialmente em busca da laje de Carapebus, situada há 30 minutos de navegação da costa. Chegaram lá, mas a onda não estava quebrando. Voltaram e resolveram checar esta bancada com mais atenção, pois as ondas estavam demorando. Nisso, encontraram um verdadeiro “diamante” na gíria do surfe. A cada 30 minutos entrava uma série com ondas com mais de 4 metros, perfeitas, azuis e tubulares, em frente à baía de Vitória, com o visual da Terceira Ponte e do Morro do Moreno. “A cada swell que atinge o litoral Capixaba, descobrimos novos ‘diamantes’ em nossa costa. Ter o privilégio de surfar ondas azuis, pesadas e tubulares no quintal da nossa casa é um sonho que se tornou realidade. O 2012 é uma bancada muito temperamental e descobrimos mais uma de suas facetas nessa ondulação: a onda quebra grande e perfeita, com qualidade internacional”,comemorou o surfista Luiz Hadad. A onda do 2012, assim, se junta aos já famosos ‘slabs’ de Vila Velha, cidade que virou referência devido às ondas como alaje da Avalanche, Coral do Céu e D2. O bodyboarder Bernardo Nassar acredita que essa temporada é diferente das outras, e revela que as expectativas estão altas para 2024. “Estamos animados e acreditamos que esta será mais uma temporada com altas ondas no litoral capixaba. Estamos na torcida para pegar outros swells como foram aqueles de 2019 e 2021, quando a Avalanche ficou conhecida mundialmente”, lembra Nassar. O Avalanche detém otítulo de maior onda já surfadado Espírito Santo. O feito aconteceu em julho de 2019, quando o surfista carioca Ian Vaz encarou uma “parede” de 11 metros, até então a maior do Brasil, superada somente em 2023 por uma onda de 15 metros surfada na laje de Jaguaruna, litoral sul de Santa Catarina. Já o surfista Fábio Sandes, um dos desbravadores das Baixas de Carapebus, tem certeza que ainda serão descobertos novos picos no Estado: “Ainda existem outros tesouros a serem descobertos no litoral capixaba. Estamos buscando apoio de empresas e também em projetos de lei de incentivo para conseguir viabilizar expedições como esta, que consegue estar na hora e lugar certo, com uma equipe posicionada para registrar essas ondas incríveis no nosso litoral”. LEIA TAMBÉM:Capixaba Luna Hardman é bicampeã mundial de bodyboarding
VÍDEO | Ondas de mais de 4 metros de altura são registradas na baía de Vitória
Mais recentes
PUBLICIDADE