Tribunal de Contas aponta falhas em salas de vacinação do ES

PUBLICIDADE

OTribunal de Contas do Espírito Santo(TCE-ES) determinou que os municípios deColatinaeBaixo Guanduadequem, no prazo de 180 dias, a rede de frio para armazenamento de imunizantes em salas de vacinação.

A determinação é resultado de umaauditoriarealizada pelo Núcleo de Controle Externo de Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas de Saúde (NSaúde) da Corte.

Ao todo, foram fiscalizadas 15 salas de vacinação e 8 centrais de armazenamento e distribuição de vacinas em nove municípios capixabas:Baixo Guandu, Cariacica, Colatina, Dores do Rio Preto, Iconha, Itapemirim, São Roque do Canaã, Venda Nova do Imigrante, Vitória, além da Central Estadual.

Hospital em SP usa furadeira doméstica em cirurgias; prática é proibida pela Anvisa

Pastas de dente coloridas para crianças: benefícios e riscos

Crescimento no setor de saúde reforça a necessidade de qualificação profissional

O objetivo foi analisar se as melhorias implementadas pelos municípios em relação a uma fiscalização anterior – realizada em 2021, no contexto da pandemia de covid-19 –, seguem ativas.

À época, dos 78 municípios do Estado, 24 utilizavam refrigeradores domésticos para armazenar vacinas e, por isso, foram obrigados pelo Tribunal a realizar adequações no sistema. Os municípios, segundo a Corte, comprovaram o cumprimento das determinações.

Agora, o trabalho que fiscalizou, de abril a setembro de 2024, os municípios selecionados, encontraram outros problemas nas salas de vacinação capixabas. Alguns deles são:

Todas as cidades analisadas (e a Central Estadual) apresentaram falhas comuns no sistema de monitoramento e controle térmico das salas de armazenamento dos imunizantes.

Os municípios notificados, entretanto, têm problemas mais graves que precisam ser solucionados.

Em Baixo Guandu foram identificados o uso de geladeira doméstica parra armazenamento de vacinas e problemas estruturais na unidade de saúde.

A situação se repete emColatina, onde também foram constatadas seringas e agulhas armazenadas em recipientes inadequados.

OMinistério Público de Contasaprovou os argumentos apresentados pelo Núcleo do Tribunal e o relator do processo, conselheiro Sérgio Aboudib, acompanhou o entendimento, votando a favor dos encaminhamentos.

Os auditores, a fim de promover a melhora do programa de imunização no Estado, apresentaram, além da determinação aos municípios de Baixo Guandu e Colatina para que eles troquem as geladeiras por câmaras de refrigeração, 38 recomendações que afetam também as demais cidades.

As recomendações são de contratação de manutenção corretiva e preventiva de equipamentos de refrigeração, controle da verificação da validade dos insumos e a divulgação do quantitativo de perdas de vacinas, além de outras medidas.

Dessa forma, a equipe do TCE espera que os municípios aumentem a cobertura vacinal, reduzam as perdas de vacinas, aprimorem a gestão e o abastecimento dos imunizantes, assegurando sua qualidade, e mitiguem o risco de desabastecimento.

As prefeituras de Colatina e Baixo Guandu foram procuradas pela reportagem doFolha Vitória, mas não responderam se já começaram a implementar medidas para cumprir a determinação do Tribunal de Contas até o momento desta publicação.

Mais recentes

PUBLICIDADE

Rolar para cima