OPINIÃO | Geração atual do Flamengo já superou geração de Zico?

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A segunda “era de ouro” da história doFlamengoé agora e está sendo escrita a cada competição. São17 títulosconquistados pelageração de Arrascaeta e Bruno Henrique, os dois jogadores que permanecem no clube desde 2019, ano de início da nova arrancada rubro-negro.

A comparação é inevitável com ageração deZico, responsável pela primeira “era de ouro” do clube, nos anos 80.

De1980 a 1987, ano da última volta olímpica do Galinho pelo clube, o Flamengo conquistou4 Brasileirões(1980, 1982, 1983 e 1987),1 Libertadores(1981),1 Copa Intercontinental(1981) e2 Campeonatos Cariocas(1981 e 1986).

Uma época e uma geração que mudaram o patamar do Flamengo e fizeram deZico o maior ídolo do clube.

A geração de 2019 tem impressionantes 17 títulos em um intervalo de sete anos:3 Libertadores(2019, 2022 e 2025),1 Recopa Sul-Americana(2020),3 Brasileirões(2019, 2020 e 2025),2 Copas do Brasil(2022 e 2024),3 Supercopas do Brasil(2020, 2021 e 2025) e5 Campeonatos Cariocas(2019, 2020, 2021, 2024 e 2025).

Com eu disse antes, a comparação é inevitável. Porém, é injusta. Os tempos eram outros e as competições tinham significados diferentes. Ganhar uma Libertadores nos anos 80 era mais improvável para um clube brasileiro em comparação com hoje, quando o Brasil venceu oito das últimas 10 edições.

Outra mudança significativa: o Campeonato Carioca “valia” mais. E a Copa do Brasil, conquistada duas vezes pela atual geração, só foi criada em 1990 — o Flamengo foi o primeiro campeão, com Júnior como único remanescente da geração de 81.

Até o ano passado, Zico e Júnior lideravam o ranking dejogadores com mais títulos conquistados pelo Flamengo, com 13 taças. Ainda em 2024, eles ganharam a companhia deGabigol.

Em 2025, no entanto,Arrascaeta e Bruno Henrique assumiram a liderança do rankinge dispararam na ponta, com 17 taças cada um. Os dois chegaram ao Fla justamente em 2019, ano de início da nova era de ouro.

Talvez, a relação doscinco maiores nomes da história do Flamengojá seja formada por dois representantes da geração de 1981 (Zico e Júnior) e três da geração de 2019 (Gabigol, Arrascaeta e Bruno Henrique). Eu digo talvez porque toda lista leva em consideração também questões afetivas e, aí, alguns nomes podem variar. Ou você acha impossível alguém incluirLeandro,PetkovicouAdriano Imperadorno seu ranking pessoal?

Idolatria se faz com títulos, mas também com carisma e representatividade. Neste ponto, os números são frios demais.

Arrascaeta e Bruno Henrique ganharam mais do que Zico. Isso os coloca na mesma prateleira do Galinho? Não. Pelo menos, ainda não.

Zico é praticamente uma religião para os rubro-negros. É ídolo há três gerações e deu nome a milhares de filhos e netos de torcedores do Flamengo. Quem não conhece pelo menos um “Arthur”, filho ou neto de flamenguistas?

Se daqui a alguns anos começarem a “brotar” crianças batizadas como Gabriel, Giorgian ou Bruno Henrique, aí a discussão começa a mudar…

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