SeCarlo Ancelottifosse um treinador brasileiro, será que seu trabalho à frente daSeleção Brasileirajá seria alvo de críticas mais fortes? A torcida e a imprensa estão pegando leve com ele por enquanto? Até quando?
A cada boa atuação, há pressa em apontar que Ancelotti encontrou o “Brasil ideal” ou a “Seleção do hexa”. Mas, no jogo seguinte, a equipe insiste em decepcionar, mostrando que ainda está longe do que se espera do time canarinho naCopa do Mundo de 2026.
Derrota para a Bolívia nas Eliminatórias, derrota de virada para o Japão em amistoso e empate com a Tunísia em amistoso. Qual técnico brasileiro passaria impune por estes resultados? Nenhum.
Ancelotti tem oito jogos como treinador do Brasil. São quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. Oaproveitamento é de 58,3%. Curiosamente, omesmo aproveitamento de Dorival Júnior como treinador da Seleção, só que o agora técnico do Corinthians chegou a este número em 16 partidas (sete vitórias, sete empates e duas derrotas).
É pouco? É muito? O que vai responder isso é o resultado. Como sempre foi na história do futebol brasileiro, o resultado vai dizer se o trabalho deu certo ou não. Somos assim. Quando a bola entra, tudo é festa. Quando não entra, caçamos os culpados.
De (muito) positivo, o que fica até agora em 2025 é queAncelotti provou ser o treinador cascudo que a Seleção Brasileira estava precisando. Com ele, o foco volta a ser o futebol apenas, e não mais as confusões extracampo nas quais a CBF se meteu nas últimas décadas.
A temporada 2025 termina para a Seleção Brasileira com boa parte do grupo definido para a Copa do Mundo de 2026. A lista final terá26 jogadorese já é possível adivinhar a maioria.
Salvo algum problema por lesão, a convocação final terá:
São 16 nomes certos. Faltam 10, que devem ser mais um goleiro (Bento parece à frente de Hugo Souza), mais um ou dois zagueiros, mais um ou dois laterais (dependendo de como Ancelotti vai aproveitar Éder Militão), mais um volante e as vagas restante para serem disputadas pelos jogadores de frente. Entre eles, Gabriel Martinelli, Luiz Henrique,Richarlison, Vitor Roque, Pedro eNeymar.
Assim como todo treinador, Ancelotti tem as suas escolhas pessoais, os seus preferidos. E por isso a Seleção teve o retorno (bom retorno) deCasemiro, as convocações constantes dos lateraisDaniloeAlex Sandro, a permanência deRicharlisonentre os mais cotados para ir à Copa, a aposta emFabrício Brunopara compor a zaga.
Alguns nomes podem não agradar, mas também não existe uma comoção nacional pela convocação de algum outro jogador. Nem porNeymar.