Por Arnóbio Manso Paganotto
Existe um erro tão comum, tão repetido, tão enraizado nas campanhas brasileiras, que chega a ser quase um ritual de fracasso. Um erro que derruba candidatos inteligentes, bem-intencionados, com boas ideias, com história de vida incrível, mas que se jogam no processo eleitoral de olhos fechados.
E não importa o estado, o partido ou o tamanho da cidade:
80% dos candidatos tropeçam exatamente no mesmo ponto.
Qual é esse erro?
👉 Entrar na eleição sem método.
- Sem diagnóstico.
- Sem narrativa.
- Sem plano.
- Sem estratégia.
- Sem saber onde está pisando.
O candidato acha que está preparado porque:
- “tem muitos amigos”,
- “está com moral no bairro”,
- “tem seguidores”,
- “trabalha na comunidade há anos”,
- “faz um bom trabalho”,
- ou porque alguém do partido disse “você tem potencial”.
Nada disso substitui estratégia.
E é aqui que quase todos caem.


Campanha política não é um ambiente para amadores.
Não é lugar para improviso, intuição ou esperança.
Campanha é:
✔️ pressão,
✔️ velocidade,
✔️ decisões rápidas,
✔️ crises inesperadas,
✔️ ataques,
✔️ competição feroz,
✔️ guerra de narrativa.
O candidato que entra sem método vira refém da própria ansiedade.
Ele acorda sem saber o que fazer.
Corre de um lado pro outro sem direção.
Vive apagando incêndios.
Perde tempo e dinheiro.
Se desgasta.
Se desespera.
E quando percebe, já perdeu a eleição sem nem ter entrado pra valer.
Antes de fazer videozinho, contratar gráfica, arrumar equipe, gravar jingle, organizar reunião…
Antes de qualquer coisa, existe a etapa mais ignorada das campanhas:
👉 Diagnosticar a própria viabilidade.
Diagnóstico é simples de entender:
É saber quem você é politicamente, onde você está e o que é possível fazer com o que você tem.
Sem isso, o candidato atira no escuro.
E quando você atira no escuro, só existe um resultado possível: errar o alvo.
Narrativa não é frase bonita.
Narrativa não é slogan.
Narrativa não é “quero trabalhar pelo povo”.
Narrativa é:
✔️ Identidade
✔️ Coerência
✔️ Direção
✔️ Propósito
✔️ Posição clara
✔️ O motivo real de alguém votar em você
Candidato sem narrativa vira só mais um nome na urna.
E o eleitor não lembra de quem não marca.
Quem não marca, não engaja.
Quem não engaja, não vira voto.
O problema é que muita gente confunde movimento com estratégia.
Movimentação não é estratégia.
Barulho não é estratégia.
Agenda cheia não é estratégia.
Estratégia é:
✔️ Priorizar o que importa
✔️ Cortar o que não funciona
✔️ Fazer menos — mas fazer certo
✔️ Comunicar com precisão
✔️ Controlar narrativa
✔️ Medir impacto
✔️ Ajustar rápido
O candidato que tem estratégia cresce silenciosamente.
O candidato que não tem, grita, aparece, trabalha — e perde.
Não é dinheiro que mata candidatura.
Não é falta de apoio.
Não é falta de partido.
Não é perseguição política.
O que mata candidatura é entrar na eleição sem método.
E método se aprende.
O livro existe por um motivo muito claro:
tirar candidatos do improviso e colocar dentro da estratégia.
Tudo que escrevo ali é fruto de:
- 25 anos de campanha,
- mais de 500 projetos eleitorais,
- vitórias, derrotas, crises, bastidores,
- erros que custaram caro
- e acertos que viraram voto de verdade.
Se você está pensando em disputar,
se já disputou e não teve o resultado que queria,
ou se quer entrar em 2026 com vantagem estratégica…
Então comece pela única pergunta que importa:
👉 Você tem método? Ou só tem vontade?
Porque vontade sem método vira frustração.
Mas vontade com método vira vitória.
O livro Manual do Candidato Vencedor – O jogo da política revelado em narrativas, estratégias e vitórias está disponível na Amazon:
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Jornalista, publicitário e estrategista de marketing político. Diretor do Consórcio de Notícias do Brasil, apresentador do CNBCAST e autor do livro “Manual do Candidato Vencedor”, referência em narrativas e estratégias eleitorais.
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