Bolsonaristas “reivindicam” código-fonte e termo viraliza no Twitter. Entenda

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Durante osataques à sede dos Três Poderesno último domingo (08), em Brasília, diversas publicações sobre o código-fonte das urnas eletrônicas circularam nas redes sociais. Algumas pessoas chegaram a fazer publicações em tom de ameaça dizendo que atos de vandalismo só seriam finalizados após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entregar o código-fonte das urnas utilizadas nas últimas eleições. O código-fonte de um software é um conjunto de arquivos de texto contendo todas as instruções que devem ser executadas, expressas de forma ordenada em uma linguagem de programação. >> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso grupo de notícias noWhatsAppou entre no nosso canal doTelegram! Segundo o especialista em tecnologia doFolha Vitória, Jackson Galvani, o código garante o funcionamento e a segurança dos equipamentos. “O código-fonte das urnas eletrônicas é o conjunto de instruções que controlam o funcionamento do equipamento e garantem que as eleições sejam realizadas de maneira justa e transparente“, disse. VEJA TAMBÉM:FOTOS | O confronto e a destruição causada por bolsonaristas extremistas na Esplanada Galvani explica que o código-fonte é a forma como um programa de computador é escrito e armazenado antes de ser compilado em um formato executável. É um conjunto de instruções escritas em uma linguagem de programação, usadas para criar um programa. “O código-fonte é escrito por programadores e pode ser lido, modificado e distribuído por qualquer pessoa que tenha acesso a ele. Ele é um componente importante da cultura da computação, pois permite que os programadores aprendam uns com os outros e criem novos programas baseados em projetos existentes“. A urna eletrônica, assim como todos os programas do sistema eletrônico de votação, possuem seus próprios códigos-fonte. Os códigos-fonte podem ser acessados por partidos políticos, entidades e autoridades, conforme previsto na resoluçãon° 23.673/2021, do Tribunal Superior Eleitoral, além dos investigadores do Teste Público de Segurança (TPS). Antes das eleições, o TSE disponibiliza um tempo para que as entidades legitimadas a fiscalizar o processo eleitoral analisem a segurança do código-fonte do processo eleitoral. LEIA TAMBÉM:ES coloca 25 policiais militares à disposição para envio ao DF Para as eleições de 2022, as análises foram realizadas durante 12 meses. Para deixar o processo eleitoral mais transparente, em outubro de 2021, o TSE deu início ao Ciclo de Transparência Democrática. Na ocasião, o chefe da Seção de Voto Informatizado, Rodrigo Coimbra, frisou que o código-fonte é a “alma do equipamento”. “É nele que estão expressos todos os comportamentos que a urna deve apresentar. É nele que estão os comandos que transformam as teclas digitadas pelo eleitor no voto que ele vê na tela. É no código-fonte que se encontra a lógica responsável pela gravação segura dos votos e o seu posterior somatório para a geração do Boletim de Urna”. O especialista em segurança destacou que as urnas eletrônicas são apenas uma parte de todo o processo eleitoral. “É importante lembrar que as urnas eletrônicas são apenas uma parte de um processo eleitoral mais amplo, e que várias medidas de segurança e verificação são implementadas para garantir a integridade do processo“, disse. O órgão também publicou um vídeo para explicar o funcionamento do código-fonte.Assista a seguir: A Justiça Eleitoral disponibiliza ainda uma plataforma para esclarecer dúvidas e boatos que surgem, principalmente nas redes sociais, sobre todo o processo eleitoral. Você pode acessar a plataformaFato ou Boatoe tirar as suas dúvidasclicando aqui.

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