A Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou que oWhatsAppfaça uma auditoria externa e apresente um plano de transparência sobre ocompartilhamento de dados pessoaiscom aMeta, dona do aplicativo. A decisão ocorre após análise das alterações na política de privacidade do aplicativo em 2021. Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o controlador decide como e por que os dados são usados, enquanto o operador apenas os processa seguindo instruções. O WhatsApp terá até 45 dias úteis para contratar uma empresa externa independente para realizar a auditoria e o objetivo é verificar se as medidas técnicas e administrativas da plataforma garantem que a Meta só use os dados para manter o serviço, sem aproveitá-los para outras finalidades. Além disso, a ANPD exigiu a elaboração de um plano de conformidade, que deve explicar aos usuários quando a Meta atua como operadora ou controladora, e detalhar como as informações pessoais são tratadas, aumentando a transparência do serviço. A ANPD entendeu como necessária uma auditoria externa independente para verificar a efetiva implementação das medidas descritas” A análise da ANPD constatou que o WhatsApp tem mecanismos que permitem limitar a Meta a agir apenas como operadora de dados. Mesmo assim, a agência identificou riscos altos: o grande volume de informações compartilhadas, o fato de controlador e operadora pertencerem ao mesmo grupo econômico e o interesse da Meta nesses dados, já que seu modelo de negócios depende do uso de informações pessoais. Caso a auditoria identifique irregularidades, o WhatsApp terá até 20 dias úteis para apresentar um plano de ação, e a execução das medidas corretivas não poderá ultrapassar 40 dias úteis. A empresa também deverá entregar relatórios detalhando a implementação das recomendações da auditoria. Reiteramos nosso compromisso em cumprir as leis e regulações aplicáveis e continuaremos engajando de forma construtiva com a ANPD” Outras exigências da agência incluem mostrar de forma clara quais tipos de dados são coletados. As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.
Agência reguladora do Brasil questiona uso de dados pela Meta
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